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Por Diógenes
Além de inchar o governo com a reativação de pastas extintas e a criação de novos Ministérios, o petista afirmou que os seus ministros não serão técnicos, só precisam ter “habilidade política”
Apoiado por artistas que perderam milhões de reais depois das alterações feitas pelo governo Bolsonaro na Lei Rouanet, o ex-condenado e presidenciável, Lula, disse que pretende recriar o Ministério da Cultura. O petista afirmou que, caso seja eleito, irá criar comitês estaduais “para ver se consegue nacionalizar a cultura”. 
Sem explicar em que consistiria a "nacionalização da cultura”, Lula voltou a acusar Bolsonaro de não priorizar o setor. A crítica do petista sintetiza as reivindicações de uma parte da classe artística, chamada de “viúvas da Rouanet” nas redes sociais.  
Na mesma entrevista concedida ao UOL, na última quarta-feira (27), Lula também disse que pretende criar o Ministério das Causas Indígenas e reativar outras pastas extintas no governo Bolsonaro.
Além de inchar o governo, o petista afirmou que não pretende nomear ministros técnicos. Para Lula, os seus ministros só precisam ter “habilidade política”.
“Vou recriar o Ministério de Igualdade Social, o de Direitos Humanos, o de Pesca e criar o de Causas Indígenas, e terá que ter um índio no ministério. Não precisa ser um branco de terno e gravata. Vou recriar ministérios que existiam no meu governo. Um país do tamanho do Brasil não pode deixar de ter um Ministério do Planejamento. Esse país tem que ser planejado de curto, médio e longo prazo. Esse país tem que ter uma prateleira de projetos feitos pelo Ministério do Planejamento”, disse Lula.
O plano de Lula também inclui a criação de um pacto com os governadores eleitos logo nos primeiros cem dias de um eventual governo petista.
Lei Rouanet
Em fevereiro deste ano, o governo federal oficializou mudanças na Lei Rouanet com o objetivo de "torná-la mais justa e popular". Uma das principais mudanças na lei foi a diminuição do teto destinado aos projetos que são beneficiados. 
Anteriormente, a verba máxima para cada projeto era de R$ 1 milhão, com as alterações feitas pelo então secretário de Cultura, Mario Frias, o teto passou a ser de R$ 500 mil. Vale salientar que, esse teto não se encaixa em projetos com gastos maiores, como patrimônios históricos, museus, orquestras, etc.
O cachê pago aos artistas também teve uma redução de R$ 45 mil para R$ 3 mil por apresentação. Já o aluguel de casa de espetáculo também passou a ter um teto de R$ 10 mil.
Conforme noticiado pelo BSM na época, após o anúncio das mudanças na Lei Rouanet, artistas de esquerda que se beneficiaram com cifras milionárias passaram a perseguir e criticar a Secretaria Especial de Cultura. 
Fonte: Brasil Sem Medo
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