Por Diógenes Freire
Para o líder do governo Bolsonaro no Senadro, Carlos Portinho (PL-RJ), os protestos são uma consequência natural do resultado das urnas
O líder do governo Bolsonaro no Senado, senador Carlos Portinho (PL-RJ), questionou a capacidade de Lula governar o país em meio às manifestações contra o comunismo e a volta do petista ao poder. Para o senador, está na hora do ex-presidiário fazer um gesto na tentativa de amenizar os protestos, que na visão do parlamentar são "pólvora".
O senador conversou com a revista Oeste, nesta quarta-feira (2), enquanto a Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo tentava dispersar os protestos na Rodovia Castelo Branco.
“A pergunta não é como Lula vai tratar isso? Essa não vi ainda em nenhum noticiário. Ele é o presidente eleito. Não fará nenhum gesto? Difícil para ele”, disse Portinho ao afirmar que “o jogo virou” e é a vez de Lula fazer algo em relação aos protestos.
“Se não fizer agora, terá de fazer na posse. Não é o presidente eleito? Não tem liderança? Como vai governar com um país em pólvora? Agora é com ele”, concluiu.
Para Portinho, os protestos são uma consequência natural do resultado das urnas e que é preciso “tato e serenidade” do STF e de Lula para lidar com o assunto. “Se acirrar, é pólvora”, disse o senador.
Desde a confirmação da eleição do ex-presidiário, no último domingo (30), milhares de cidadãos estão ocupando as ruas do país contra o retorno do petista à presidência.
Ao se pronunciar pela primeira vez depois do resultado da eleição, na última terça-feira (1), o presidente Jair Bolsonaro não reconheceu a vitória de Lula, legitimou os protestos que ocorrem em todo país contra a volta do petista e fez apenas a ressalva para que as manifestações sigam pacíficas.
Para o presidente, os protestos são fruto do “sentimento de injustiça” que ficou no povo depois da campanha ter sido duramente sabotada.
Fonte: Brasil Sem Medo
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