O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pretende fazer uma profunda limpeza no Ministério Público e em todo o Poder Judiciário, inclusive com juízes e desembargadores. A entidade está trabalhando nos bastidores para evitar que funcionários da área usem da máquina pública para incentivar ou proteger os golpistas que atentaram contra a democracia .
A coluna conversou com pessoas ligadas à Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e que também responde pelo CNJ, e elas confirmaram que a ministra vai adotar nova postura a partir de agora. "Sempre houve apoio aos juízes e ao próprio MP, com raras punições de verdade, mas isso vai mudar", revela um assessor que trabalha no dia a dia da Suprema Corte.
O corporativismo que sempre aconteceu no CNJ está com os dias contados. "A ministra não vai permitir que nenhum juiz use seu cargo para proteger atos golpistas ou mesmo tentar livrar terroristas da culpa", continua o assessor. Para ele, Rosa Weber está articulando para evitar que o bolsonarismo use o Poder Judiciário para tentar amenizar as punições aos culpados.
"O Poder Judiciário está contaminado com bolsonaristas em todas as área", garante a fonte ouvida pela coluna. A afirmação não chega a surpreender, já que a transição havia avisado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que diversos setores do poder estava contaminado nas entranhas com apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL).
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A coluna conversou com mais de uma pessoa que confirmou as informações. Embora não exista um levantamento oficial, a expectativa é que parte significante do Poder Judiciário, aí se inclui juízes, promotores e até desembargadores, se tornaram adeptos do bolsonarismo. E quando se lê adeptos não se tratam apenas de eleitores do ex-presidente. "São pessoas que usam seu poder para favorecer Bolsonaro e os seguidores", revela.
O CNJ está fazendo, de forma discreta, um levantamento para acomparar decisões e processo no Brasil todo que envolva o bolsonarismo. "Qualquer membro do Poder Judiciário que tenha tomado uma única decisão que seja para favorecer atos golpistas será punido", informou um assessor explicando que recebeu a orientação direta do gabinete de Rosa Weber.
"O Poder Judiciário não vai se omitir e não permitirá que seja sequestrado pelo terrorismo", teria afirmado a presidente do STF em conversa com assessores e pedindo que seja investigado tudo. As punições, inclusive, serão severas, com direito a suspensão sem direito a aposentadoria e bloqueio de contas nas redes sociais. "Pode ter gente até demitida", finaliza.
Fonte: IG
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