- PUBLICIDADE -

O petista participou da cúpula por videoconferência devido ao acidente doméstico que sofreu no sábado, 19
O presidente Lula (PT) voltou a culpar Israel pelos conflitos com os terroristas do Hamas e Hezbollah no Oriente Médio, mas aliviou para o ditador russo Vladimir Putin, durante sua participação por videoconferência na reunião de cúpula dos Brics, que acontece em Kasan, na Rússia.
Em seu discurso, o petista repetiu o turco Recep Tayyip Erdogan, dizendo que “Gaza se tornou o maior cemitério de crianças e mulheres do mundo”.
Sem mencionar os ataques contínuos do Hezbollah ao território israelense, Lula afirmou que a “insensatez” de Israel “se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano”.
Sobre a invasão russa à Ucrânia, o petista disse apenas que é preciso “evitar uma escalada e iniciar negociações de paz”.
“No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidade de trabalhar juntos em prol de objetivos comuns”, acrescentou.
Eis a íntegra do discurso de Lula na reunião de cúpula dos Brics:
“Mesmo sem estar pessoalmente em Kazan, quero registrar minha satisfação em me dirigir aos companheiros do BRICS. Quero agradecer o apoio que os membros do grupo têm estendido à presidência brasileira do G20.
Seu respaldo foi fundamental para avançar em iniciativas que são cruciais para a redução das desigualdades, como a taxação de super-ricos.
Nossos países implementaram nas últimas décadas políticas sociais exitosas que podem servir de exemplo para o resto do mundo.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já está em fase avançada de adesões.
Convido todos a se somarem à iniciativa, que nasceu no G20, mas está aberta a outros participantes.
O BRICS é ator incontornável no enfrentamento da mudança do clima.
Não há dúvida de que a maior responsabilidade recai sobre os países ricos, cujo histórico de emissões culminou na crise climática que nos aflige hoje.
É preciso ir além dos 100 bilhões anuais prometidos e não cumpridos, e fortalecer medidas de monitoramento dos compromissos assumidos.
Os dados da ciência exprimem um sentido de urgência sem precedentes.
O planeta é um só e seu futuro depende da ação coletiva.
Também cabe aos países emergentes fazer sua parte para limitar o aumento da temperatura global a um grau e meio.
Na COP 30, em Belém, vamos juntos mostrar que é possível conciliar maior ambição em nossas Contribuições Nacionalmente Determinadas com o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas.
Na presidência brasileira do BRICS, queremos reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países.
Não podemos aceitar a imposição de apartheids no acesso a vacinas e medicamentos, como ocorreu na pandemia, nem no desenvolvimento da Inteligência Artificial, que caminha para tornar-se privilégio de poucos.

Comentários

- PUBLICIDADE -
- PUBLICIDADE -