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Por Diógenes Freire
Barroso chamou os críticos do sistema eleitoral de "mercenários" e voltou a declarar sua preferência pela "imprensa profissional”
Durante seu discurso de despedida da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (17), o ministro Luis Roberto Barroso anunciou uma série de medidas que, na prática, significam um amplo controle das redes sociais durante as eleições.
De acordo com o ministro, o Tribunal montou uma “estratégia de guerra” para enfrentar críticos do sistema eleitoral, comprovadamente passível de fraude.
“O foco principal da nossa atuação foi, não o controle de conteúdos, mas sobretudo dos comportamentos coordenados inautênticos, como o uso de perfis falsos ou duplicados, robôs e throws, gente contratada para amplificar as notícias falsas, são os mercenários que fazem mal à democracia”, disse Barroso.
Para satisfazer seu desejo de moldar comportamentos e censurar opiniões divergentes, Barroso elencou sete ações desenvolvidas pelo TSE durante sua gestão.
1 - Coordenação de combate a desinformação com especialista que já assessorou ações do TSE; 
2 - Parceria com as principais mídias sociais e aplicativos de mensagens, incluindo Facebook, Instagram, WhatsApp, Google, Youtube, Twitter, TikTok e Kwai;
3 - Parceria com as polêmicas agências de checagem de notícias;
4 - Reativação de uma página no site da Justiça Eleitoral denominada ‘Ato ou Boato’, na qual serão publicadas as versões dos fatos aprovadas pelo TSE;
5 - Celebração de acordo com todas as empresas de telefonia e provedores de internet para que o acesso à página “Ato ou Boato’ não seja cobrado na fatura do usuário;
6 - Acordo com as plataformas para dar visibilidade aos links com as versões dos checadores;
7 - Campanha de educação midiática sobre fake news, estrelada sem custos pelo biólogo e youtuber Átila Iamarino, conhecido por propagar informações falsas sobre o vírus chinês.
Sem a cooperação do Telegram, Barroso já declarou várias vezes sua intenção de banir o aplicativo do Brasil nas próximas eleições. O Telegram é visto como um reduto da “extrema-direita”, onde ainda se trocam mensagens livremente sem o filtro da grande mídia ou a censura dos “checadores”. 
O ministro também voltou a declarar sua preferência pela "imprensa profissional”, responsável, segundo Barroso, por filtrar o conteúdo que deve ser divulgado. 
Em um artigo publicado no início de janeiro, Barroso chamou jornalistas independentes de “traficantes de notícias falsas” e pediu pela supressão sumária de opiniões consideradas perigosas, como as suspeitas ao sistema eleitoral.
O tom beligerante também faz parte dos discursos da esquerda que, recentemente, sob a organização do Psol, reuniu líderes de vários partidos para desenvolver uma estratégia de unificação contra Bolsonaro. A mesma expressão usada por Barroso ao prometer “guerra” nas próximas eleições foi usada no encontro dos líderes de esquerda.
Ainda durante seu discurso de despedida, Barroso atacou Bolsonaro com insultos e atribuiu ao presidente da república uma ordem para que caças sobrevoassem a Praça dos Três Poderes "no intuito de quebrar as vidraças do STF".  
O ministro se referia ao desfile militar das Forças Armadas feito em Brasília. No entanto, não foi registrado nenhum episódio de quebra de vidraças do STF na ocasião. Internautas recordaram de que episódio teria ocorrido em 2012, nove anos atrás, de acordo com uma notícia resgatada do site G1.
Fonte: Brasil Sem Medo
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