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Por Diogenes Freire
Além de impedir a investigação do escândalo do 'radiolão', Moraes quer punir Bolsonaro por ter feito a denúncia próximo do dia da votação alegando que o objetivo seria tumultuar o segundo turno 
Durante coletiva concedida há pouco, o presidente Jair Bolsonaro, disse que irá “às últimas consequências dentro das quatro linhas da Constituição para fazer valer aquilo que as auditorias constataram” no caso do escândalo do ‘radiolão’.
A coletiva foi convocada às pressas depois que o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro para investigar irregularidades de propagandas eleitorais que teriam dado a Lula cerca de 154 mil inserções a mais em rádios de todo o país.
Além de impedir a investigação, Moraes quer punir Bolsonaro por ter feito a denúncia próximo do dia da votação alegando que o objetivo seria tumultuar o segundo turno. 
Ao proferir a decisão desta quarta-feira (26) contra a campanha de Bolsonaro, Moraes também pediu que a Corregedoria-Geral Eleitoral investigue eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário para a contratação da auditoria e determinou o envio do caso para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao comentar a decisão, Bolsonaro discordou dos argumentos de Moraes e disse que o jurídico da Presidência deverá recorrer da decisão no Supremo.
“O senhor Alexandre de Moraes matou no peito o processo e encaminhou para o processo da ‘fake news’ que ele mesmo conduz, ou seja, um inquérito que ele é totalmente dono dele. Um inquérito que não segue a nossa Constituição nem tem respaldo do Ministério Público”, disse o presidente ao afirmar que uma terceira auditoria será contratada para conferir as informações levantadas por outras duas empresas. 
Radiolão
Na última terça-feira (25), a campanha do presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório alegando que o chefe do Executivo teve menos inserções de rádio do que o ex-presidiário Lula, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o ex-secretário Fabio Wajngarten afirmaram que, nas últimas duas semanas, Bolsonaro teve 154 mil inserções de rádio a menos que o petista. O escândalo está sendo chamado de "radiolão".
Pressionado pela denúncia gravíssima, o TSE disse não ter responsabilidade sobre a fiscalização da transmissão do conteúdo eleitoral nas rádios, porém, resolveu exonerar o servidor Alexandre Gomes Machado, que seria o verdadeiro responsável por monitorar essas questões.
Temendo pela vida, o ex-assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Gomes Machado, procurou a Polícia Federal.
Em depoimento, nesta quarta-feira (26), Alexandre Gomes afirmou ter sido demitido após relatar aos seus superiores irregularidades na veiculação da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro.
À PF, Alexandre Gomes disse que informou o fato à chefe de gabinete do Secretário Geral da Presidência do TSE, Ludmila Boldo Maluf, que tem ligações com petistas, com o ministro Alexandre de Moraes e ostenta apoio a Lula nas redes sociais.
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