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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fiel opositor ao Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), parece que não suporta ser questionado em público. Ele acaba de protocolar um projeto de lei polêmico sobre o qual pretende punir o crime batizado de "assédio ideológico". 
Como o texto é muito genérico, ele é ainda mais perigoso e o juiz pode interpretar que qualquer censura a autoridades e poderes consituídos pode ser passível de punição.
Randolfe redigiu a proposta após ter vídeos compartilhados nas redes sociais de momentos em que é questionado por sua postura vacilante no Congresso Nacional e sua parcialidade com o Supremo.
Mas, não é de agora que o senador do Amapá restringe a opinião e o direito alheios. Foi dele, por exemplo, o pedido ao STF que quebrou os sigilos bancário e telemático de grandes empresários brasileiros por postarem suas posições em grupo privado de WhatsApp. Foi Randolfe também quem ingressou com ação para a corte investigar viagem do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) à Rússia, em fevereiro deste ano, e acionou o STF a respeito de declarações de Jair Bolsonaro sobre jovens venezuelanas. 
Em várias outras ocasiões, a ação de Randolfe também impediu que um delegado da PF fosse investigado, quis derrubar o perdão do chefe do Executivo Nacional ao deputado federal Daniel Silveira, puxou coro a uma investigação sobre imóveis da Família Bolsonaro e apresentou queixa-crime por calúnia e difamação. 
Se a PL 2864/2022 dele for aprovada, quem interpelar autoridades em público poderá ser condenado à prisão por até quatro anos e ainda pagar multa. Se o questionado for político, jornalista ou artista, a pena aumentaria em dois terços. 
O irônico da proposta é que Randolfe é um dos parlamentares que mais critica em público os opositores. 
Sempre com críticas contundentes e desrespeitosas.

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