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Dois parágrafos de um documento originado no gabinete de um deputado federal têm sido a base para uma investigação da Polícia Federal. A apuração se concentra na suposta tentativa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a gestão de Alexandre Ramagem (PL-RJ), de associar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, ao Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme publicado pela Folha de S.Paulo.
Este arquivo, datado de outubro de 2019, foi parte de um esforço da Abin para investigar o suposto envolvimento do STF com organizações criminosas. A investigação apontava para o uso da ONG Instituto Anjos da Liberdade e da advogada Nicole Giamberardino Fabre como intermediários na influência sobre políticos e magistrados. O objetivo seria reverter a portaria do Ministério da Justiça que limitava visitas nos presídios federais.
A menção a Alexandre de Moraes se deu através de um documento que questionava a nomeação de André Ribeiro Giamberardino —primo de Nicole— no período em que Moraes geria o então Ministério da Segurança Pública. “Precisa verificar se a nomeação do sr. André Ribeiro Giamberardino foi no período do ministro Alexandre de Moraes, que teve muita vinculação com lideranças do PCC”, dizia o texto.
Quanto a Gilmar Mendes, o documento indicava uma conexão indireta por meio de um primo de Nicole, sugerindo uma relação próxima com o ministro. “Prestar atenção a esta conexão”, aconselhava o documento.
A Polícia Federal amplia o escopo da investigação, envolvendo não apenas os ministros do STF, mas também outras figuras públicas como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Educação, Camilo Santana.

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