O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, quebrou o silêncio nesta quarta-feira (17) e comentou publicamente, pela primeira vez, sobre as sanções impostas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Durante a abertura da sessão plenária, Barroso fez um discurso emocionado e chegou a demonstrar forte abalo ao tratar do tema.
“Eu nunca vi abordado aqui, prezados colegas, mas acho que não gostaria de virar as costas a esse problema, a questão das sanções. E eu refleti muito, porque acho que há uma imensa incompreensão, talvez direcionada”, afirmou o magistrado.
Barroso explicou que, até o momento, o STF não havia se manifestado oficialmente sobre o episódio por conta do “recato judicial”, mas considerou necessário expor seu ponto de vista pessoal.
Ele ressaltou sua ligação histórica com os Estados Unidos:
“Como é público e notório, tenho muitas ligações com os Estados Unidos, onde estudei, vivi e trabalhei em diferentes épocas da minha vida. Apenas para deixar documentado: todos os meus sentimentos em relação ao país são bons. Tenho relações acadêmicas, amigos queridos, admiro pessoas e admiro instituições”, declarou.
O pronunciamento foi interpretado como uma tentativa de preservar o diálogo institucional com os EUA, em meio ao aumento das tensões diplomáticas após o anúncio de sanções pelo governo Trump.
"Eu nunca vi abordado aqui, prezados colegas, mas acho que não gostaria de virar as costas a esse problema, a questão das sanções.
— O Antagonista (@o_antagonista) September 17, 2025
E eu refleti muito, porque acho que há uma imensa incompreensão, talvez direcionada. E acho que o tribunal, um pouco pelas circunstâncias do recato… pic.twitter.com/31m8Qy6R3a

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