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A corrida pela vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo e explosivo capítulo. Uma denúncia envolvendo o advogado-geral da União, Jorge Messias — o “Bessias” — e a OAB ameaça desgastar sua imagem antes mesmo da sabatina no Senado e pode mudar os planos do presidente Lula para a Corte.
O caso foi revelado pelo jornalista Cláudio Dantas e vem ganhando força nos bastidores políticos de Brasília. Embora aliados tentem minimizar a situação e garantir que Messias não seja convocado para depor na CPMI, senadores da oposição já articulam estratégias para pressionar durante a sabatina — etapa decisiva para a confirmação de sua indicação.

Pressão política e risco de recuo
Nos bastidores, há avaliação de que o desgaste político causado pela denúncia pode levar Lula a repensar a escolha. Para emplacar Messias no STF, o governo precisaria de um alinhamento sólido com o Senado — especialmente com figuras centrais como Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco.
E é justamente aí que mora o risco: Alcolumbre poderia aproveitar o momento para fortalecer o nome de Pacheco como alternativa. Se isso acontecer, a balança política pode pender para um candidato com apoio direto do presidente do Senado.
“O desgaste da questão pode levar à escolha de um segundo indicado. Alcolumbre pode aproveitar o gancho e meter o Pacheco como alternativa viável”, apontam analistas políticos.

Bastidores de uma disputa silenciosa
Nos corredores do Congresso, a disputa não é apenas jurídica — é política. O governo quer alguém alinhado aos seus interesses, enquanto parte do Senado deseja reforçar sua influência sobre a Suprema Corte. A oposição, por sua vez, vê na sabatina uma oportunidade para desgastar Messias e dificultar sua aprovação.
Além disso, cresce a avaliação de que uma sabatina conflituosa poderia gerar um custo político alto para o governo, justamente em um momento delicado da relação entre Planalto e Congresso.

Cenário imprevisível
Caso Messias seja formalmente indicado, enfrentará um dos processos de sabatina mais tensos dos últimos anos. Se Lula recuar, o nome de Rodrigo Pacheco ganharia força instantaneamente, consolidando a influência de Alcolumbre sobre o STF.
O desfecho da disputa definirá não apenas o próximo ministro da Suprema Corte, mas também o equilíbrio de forças entre Executivo e Legislativo — em um momento em que o STF está no centro de decisões políticas sensíveis.

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